Há menos insolvências a dar entrada nos tribunais e agora já são quase tantos processos de empresas como de famílias, depois de estas últimas terem chegado a representar 73,2% do total de falências decretadas.
A duração média de um processo de insolvência no final do último trimestre de 2015 era de pouco menos de três anos. Uma ligeira melhoria face o panorama em 2007, indicam as estatísticas do Ministério da Justiça divulgadas sexta-feira.
As insolvências, que correm nos tribunais do comércio, são, a par das cobranças de dívida e dos processos tributários, as acções que mais alimentam o número de processos pendentes nos tribunais. Atingiram o pico mais elevado em 2012, no auge da crise, com 5.400 novos processos no último trimestre desse ano, que comparam com 4.192 no mesmo período de 2015.
Relativamente ao tipo de pessoa envolvida nas insolvências decretadas, regista-se um aumento muito significativo na comparação homóloga. As famílias representavam uma fatia de 17,3% em 2007 e no último trimestre do ano passado somavam já 73,2% do total de insolvências decretadas. Em 2015 havia já um equilíbrio e as famílias representavam 50,5% do total.
Olhando para os números totais, no quarto trimestre de 2015 foram decretadas 3.505 insolvências, menos 991 que no mesmo período de 2014, quando foram determinadas 4.496 processos.
FONTE: Jornal Negócios (29/04/2016)