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PERTO DE 7300 EMPRESAS EM INSOLVÊNCIA NO ANO PASSADO
O número de empresas em situação de insolvência totalizou 7288 sociedades, mais 515 empresas do que no ano anterior, de acordo com a compilação feita pela empresa de gestão de risco Ignios, com base nas constituições de empresas e acções de insolvência contabilizadas pelo Ministério da Justiça.

As insolvências aumentaram 7,6% em relação a 2014, mas os resultados desse ano “foram enviesados pela quebra processual do Citius em Setembro” e, retirando esse feito, “este indicador ter-se-ia mantido estável entre 2014 e 2015”, com uma descida de apenas 0,4%.

Na primeira metade de 2015, refere a Ignios, “as insolvências apresentaram uma tendência decrescente face ao ano anterior”, mas desde aí “têm vindo a crescer”, tendo estabilizado na recta final do ano.

A construção continua a ser o sector de actividade mais afectado (com 17,5% do total). A seguir está o comércio de retalho (com um peso de 15,8%) e o comércio por grosso (com 11,6%). Lisboa é o distrito com mais insolvências (22,9%), seguindo-se o Porto (20,4%) e Braga (12,4%).

Ao mesmo tempo, foram constituídas 37.419 empresas no país, o que corresponde a uma média de 102 novas empresas criadas por dia. O aumento em relação a 2014 é de 6,1%.

A partir de 2011, período que marcou o início do programa de resgate acompanhado pela troika, o ano “menos dinâmico” na criação de empresas foi 2012. Nesse ano, criaram-se 30.341 sociedades, o que equivalia a um ritmo médio de 83 empresas por dia.

De acordo com a análise da Ignios, “o ritmo de constituições de empresas acelerou até Abril, abrandando no mês seguinte e mantendo-se estável até Setembro. No último trimestre do ano, o ritmo de constituições voltou a desacelerar, embora mantendo-se em crescimento”.

Feitas as contas à relação do número de insolvências com o de criação de empresas, o ano passado foi “um dos mais positivos desde 2011”. Em 2015, por cada empresa insolvente abriram 5,1 novas empresas, “em linha com 2014 (uma para 5,2 empresas)”. Em 2012, ano em que a economia portuguesa encolheu 4%, foi atingido um mínimo histórico, com 3,9 empresas criadas por cada empresa insolvente.


FONTE: Jornal Público (18-01-2016)