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NÚMERO DE NOVAS ENTIDADES DECRESCE 5,5% NO 1º TRIMESTRE DO ANO
O estudo, divulgado hoje, analisa a dinâmica do universo de empresas e outras organizações em Portugal, traduzida em nascimentos, encerramentos, insolvências e cumprimento dos prazos de pagamento.

Os setores das atividades imobiliárias e o do alojamento e restauração registaram o maior crescimento em constituições de novas empresas no primeiro trimestre de 2016, com aumentos de 23,5% e de 3,7%, respetivamente, face ao mesmo período de 2015.

O setor das indústrias transformadoras, por sua vez, apresentou o registo mais negativo em encerramentos, com 38,2% de dissoluções.

No mesmo período, os encerramentos aumentaram 5,5% face ao primeiro trimestre de 2015 para 3.862 entidades. No entanto, esta percentagem representa um abrandamento da tendência, já que o ano de 2015 registara um aumento de encerramentos de 10,7% em relação a 2014.

O rácio de nascimentos/encerramentos sofreu uma ligeira contração, nos últimos 12 meses nasceram 2,2 entidades por cada uma que encerrou (contra as 2,5 observadas no período homólogo).

O aumento dos encerramentos das sociedades por quotas, sociedades anónimas e sociedades unipessoais foi de 4,7%, 52,4% e de 5,4%, respetivamente.

Os quatro setores com mais empresas tiveram comportamentos diferentes: nos serviços e nas indústrias transformadoras os encerramentos aumentaram 4,5% e 38,2%, respetivamente, decrescendo no retalho (-5,5%) e na construção (-6,2%).

As entidades adultas (entre seis e 19 anos) e as jovens (um a cinco anos) foram responsáveis por mais de 80% das extinções (43,1% e 37,8%, respetivamente), mas foi nas entidades maduras (20 e mais anos) que se registou o maior aumento em número de encerramentos (17,5%).

Os quatro distritos com mais entidades (Lisboa, Porto, Braga e Setúbal) foram também aqueles em que se registou a maior percentagem de encerramentos.

Também segundo o estudo, as empresas e outras organizações "estão mais cumpridoras dos prazos de pagamento", tendo-se observado no primeiro trimestre de 2016, que a percentagem de entidades que pagou dentro dos prazos se situou nos 21%, mais um ponto percentual do no último trimestre de 2015.

Os autores do barómetro recordam que a tendência de queda na constituição de novas empresas começou a verificar-se no último trimestre de 2015, que registou uma quebra de 2,9%.

"Esse facto não impediu, no entanto, de 2015 ser o ano em que mais empresas foram constituídas desde 2007, tendo apresentado um crescimento global de 5,8% face a 2014", sublinham.

Ainda de acordo com o estudo, as iniciativas individuais tiveram um peso significativo na redução das constituições, já que a criação de empresas unipessoais reduziu-se 7,7%.

"No total das 11.099 empresas criadas no primeiro trimestre de 2016, as empresas unipessoais representam quase metade, com 5.332 entidades", sinaliza.

Entre os seis setores mais relevantes em número de empresas (serviços, retalho, indústrias transformadoras, construção, alojamento e restauração e grossista), só a construção, que se manteve estável (0,7%), e o alojamento e restauração, com um acréscimo de 3,7%, não recuaram em constituições durante o primeiro trimestre de 2016.

Entre os restantes setores, de acordo com a Informa D&B "é de assinalar a subida de 23,5% nas atividades imobiliárias".

Os setores dos serviços e o do retalho, que são responsáveis por 45% do total de constituições, viram a criação de novas entidades cair, respetivamente, 5,9% e 18,4%.

A região Norte e a Área Metropolitana de Lisboa partilharam a liderança no nascimento de entidades nos três primeiros meses de 2016, com 34,2% e 33,5% do total, respetivamente.

No entanto, sinaliza, o Norte evoluiu negativamente (-7,6%), enquanto Lisboa se manteve estável (0,1%).

Em termos de insolvências, no primeiro trimestre de 2016, iniciaram- se 977 processos de insolvência, uma queda de 22,4% face ao período homólogo anterior, mantendo a tendência assinalada no último trimestre de 2015 (-24%).

Todos os setores e distritos do país registaram uma queda nos processos de insolvência, mais acentuada nos processos apresentados por terceiros.

Os setores com mais empresas (serviços, retalho, indústrias transformadoras, construção e grossista) registaram as reduções mais significativas, sempre acima dos 20%, `com exceção dos serviços. (-17,1%).

O Norte foi a região que registou maior descida em processos de insolvência (menos 108 casos).

Neste período, iniciaram-se menos 18 Processos Especiais de Revitalização (PER) do que nos primeiros três meses de 2015.

O estudo da Informa D&B tem por base as publicações de atos societários e portal do Citius/Ministério da Justiça.


FONTE: RTP Noticias (22/04/2016)