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NÚMERO DE INSOLVÊNCIAS DE EMPRESAS MANTÉM TENDÊNCIA DE DESCIDA
As insolvências de empresas continuam a descer, revelam os dados do barómetro Informa D&B enviado esta terça-feira, dia 15 de Setembro, às redacções. Entre Janeiro e Agosto de 2015, registaram-se 2.934 insolvências, menos 6% face ao período homólogo. Já o nascimento de novas empresas regista um aumento de 9%, com 26.426 novas empresas.

O decréscimo no número de empresas insolventes é uma tendência que se verifica desde 2013. O sector do retalho registou o maior número de insolvências nos primeiros oito meses do ano, com um total de 530, seguindo-se a construção (518) e as indústrias transformadoras (494).

Geograficamente, são os dois maiores distritos de Portugal que registaram mais insolvências. Lisboa registou 681 insolvências (menos 13,1% face ao período homólogo) e o Porto registou 604 empresas insolventes, menos 11,6%.

A directora geral da Informa D&B, Teresa Cardoso de Menezes, comentou estes resultados no mesmo comunicado: "O número de insolvências aumentou sempre desde 2007 até 2012, ano em que, em pleno PAEF [Programa de Assistência Económica e Financeira], atingiu o valor mais alto dos últimos anos (2007-2014). Na segunda metade do período do PAEF dá-se a inversão desta tendência e em 2014 a queda é mais acentuada (20,6%). A tendência de descida continua em 2015, confirmando a tendência decrescente deste fenómeno".

Este barómetro da Informa D&B, que analisa a dinâmica do universo empresarial português, refere também o número de encerramentos de empresas que registam um aumento de 4,8% face ao período homólogo, mas compara com um ano em que o número de encerramentos foi baixo.

A maior parte dos sectores de actividade registou um aumento do número de nascimentos face ao período homólogo. Em termos de crescimento, destacam-se as telecomunicações, cujas novas empresas aumentaram 24,9%, com 757 empresas constituídas.

Segundo Teresa Cardoso de Menezes, "os números de nascimentos, encerramentos e insolvências de 2015 mostram alguma recuperação já iniciada nos últimos dois anos do PAEF, o que é um sinal positivo e poderá indiciar alguma adaptação e renovação do tecido empresarial português".

FONTE: Jornal Negócios (15/09/2015)