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INSOLVÊNCIAS JUDICIAIS RECUAM 14% ATÉ MARÇO PARA NÍVEIS DE 2012
"As insolvências judiciais, que cresceram de forma contínua durante a crise, atingindo um nível histórico em 2013, registaram em 2016 os mesmos níveis de 2012", refere em comunicado o departamento de gestão de risco da Crédito y Caución.

A operadora de crédito alerta, contudo, que "apesar da recente melhoria em Portugal, este ambiente de insolvências permanece frágil e complicado": O "crescimento económico mundial apresenta uma debilidade maior do que a expectada e os mercados emergentes mais importantes como Brasil, Rússia e China começam a sentir um aumento do numero de insolvências", nota.

As previsões divulgadas em novembro pela Crédito y Caución apontam para que este ano os níveis de insolvência "caiam até se estabilizarem em cerca de 16.600 casos anuais, quando o seu nível histórico supera apenas ligeiramente os 2.000 casos".

Os dados hoje divulgados evidenciam uma queda mais acentuada das insolvências no âmbito empresarial, cerca de 26%, enquanto as de âmbito familiar recuaram cerca de 9%.

"Estes resultados evidenciam os sinais positivos que temos vindo a registar relativamente à evolução da economia portuguesa. Contudo, são muitas as incertezas sobre este processo evolutivo", refere o diretor da Crédito y Caución em Portugal e no Brasil.

Segundo Paulo Morais, existem atualmente "diversos fatores externos que influenciam a recuperação da economia portuguesa e que podem alterar esta evolução positiva das insolvências judiciais, que já se verifica desde o segundo trimestre de 2015", pelo que "a vigilância estrita, bem como a análise da solvência, revelam-se fatores críticos no desenvolvimento das transações comerciais entre empresas".

De acordo com os dados da operadora de crédito, as insolvências judiciais empresariais em Portugal estão ainda "longe" dos 500 processos trimestrais, que é o nível médio registado a longo prazo.

O "aumento significativo" teve início no primeiro trimestre de 2009, em que foram ultrapassados os 1.000 processos, tendo-se depois superado os 2.000 processos no primeiro trimestre de 2011 e os 4.000 processos no quarto trimestre de 2012. O máximo histórico, com 5.045 processos, foi atingido no segundo trimestre de 2013.


FONTE: Economia ao Minuto (21/04/2016)