Em 2015, houve mais companhias a pagar dentro dos calendários estabelecidos. No ano passado, surgiram mais de 37 mil empresas em Portugal. Mas 15.500 fecharam portas. Sector dos serviços é dos mais dinâmicos.
Em 2015, as empresas portuguesas tornaram-se mais cumpridoras quanto aos prazos de pagamento. No ano passado, 19,9% das empresas pagaram dentro do prazo estabelecido, uma melhoria de 2,5 pontos percentuais face a 2014, concluiu um barómetro da Informa D&B.
Na mesma análise sobre a dinâmica do universo empresarial português, a consultora adianta que no ano passado nasceram 37.698 empresas, mais 5,2% do que no ano anterior. Há nove anos que não surgiam tantas novas empresas no país.
Quanto aos encerramentos, subiram 3,6%, com 15.541 sociedade a fechar portas. Ainda assim, por cada uma que pôs termo à sua actividade, surgiram 2,4 novas.
"Os sectores que registaram mais encerramentos estão também no topo da lista dos que assistiram a mais nascimentos, o que indicia uma renovação no tecido empresarial em alguns sectores", realça a directora geral da Informa D&B, Teresa Cardoso de Menezes.
A área dos serviços lidera a constituição de novas empresas. Telecomunicações (+19,8%, com 1.065 constituições), actividades imobiliárias (+17,5%, com 2.657 aberturas) e agricultura, pecuária, pesca e caça (16,0%, com 1.961 empresas formadas) foram as que registaram um maior crescimento quanto à abertura de novas empresas.
Em termos absolutos, nos serviços surgiram mais 11.705 companhias em 2015. Seguiram-se o retalho, com 4.192 novas sociedades formadas, e o alojamento e restauração, com 4.297 constituições.
Por regiões, foi em Lisboa, Porto e Braga, por esta ordem, que nasceram mais empresas.
O barómetro refere ainda que a presença de estrangeira de empresas em Portugal aumentou. No ano passado surgiram 180 sucursais de empresas, mais 10,4% do que em 2014, e o segundo ano consecutivo de crescimento, contrariando a tendência de descida registada desde 2011. Adicionalmente, constituíram-se 615 empresas com participação estrangeira no capital (+38% face a 2014).
FONTE: Jornal de Negócios (11-01-2016)