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"STOCK" DE CRÉDITO AO CONSUMO EM MÁXIMOS DE 2012
A concessão de novo financiamento às famílias está a recuperar. E o crédito ao consumo é um dos principais motores dessa recuperação, com os empréstimos para esta finalidade a registaram um crescimento sólido nos últimos meses, o que tem ajudado a aumentar o peso destes empréstimos nos balanços dos bancos. Segundo os dados do BCE, desde Junho de 2012 que o "stock" de crédito ao consumo não era tão elevado.

Os bancos nacionais detinham, no final de Março, 14.100 milhões de euros em crédito financiado para o consumo. Segundo os números reportados esta manhã pelo BCE, este trata-se do saldo mais elevado em quase cinco anos.

Este crescimento do "stock" de crédito tem sido suportado pelo novo financiamento, que se encontra em níveis próximos de recordes. Os dados mais recentes, divulgados pelo Banco de Portugal, mostram que as instituições financeiras nacionais emprestaram 488,7 milhões de euros para este segmento, mais 7,2% do que em Fevereiro de 2016.

Menos crédito para a casa

Mas, se o saldo em carteira de crédito ao consumo está a aumentar, o mesmo não se pode dizer noutro tipo de financiamentos, nomeadamente no crédito à habitação. Apesar do crescimento na concessão de novos empréstimos, isto continua a ser insuficiente para compensar o efeito da amortização de capital no "stock" de crédito, devido às Euribor negativas.

Os empréstimos para a casa acumulavam, no final de Março, um saldo de 94.923 milhões de euros, baixando a fasquia dos 95 mil milhões de euros pela primeira vez desde Março de 2007. O "stock" de crédito à habitação está em queda há 18 meses.

Esta quebra ocorre após um ano de recuperação no crédito da casa. A concessão de empréstimos para comprar casa disparou 44% para máximos de 2010, com os bancos determinados em aumentar este financiamento.

FONTE: Jornal de Negócios (28/04/2017)